À relação entre a poupança que a empresa pode realizar na quantidade empregue de um factor se aumentar a quantidade empregue de outro, de forma a manter a quantidade produzida constante, chama-se a taxa marginal de substituição técnica.
À relação entre a poupança que a empresa pode realizar na quantidade empregue de um factor se aumentar a quantidade empregue de outro, de forma a manter a quantidade produzida constante, chamase a taxa marginal de substituição técnica. A taxa marginal de substituição técnica entre o capital e o trabalho corresponde na Figura 1 à inclinação da recta que une os pontos e , que pode escreverse como
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Em geral esta taxa não é constante, embora existam casos de tecnologias específicas em que o é. A forma curva e convexa relativamente à origem que têm as isoquantas traduz o facto de que, em geral, a possibilidade de poupar capital com um determinado aumento do factor trabalho é tanto maior quanto menor for o nível de trabalho empregue ( no painel da esquerda da Figura 2).
Se dividirmos quer o numerador quer o denominador da expressão anterior por obtémse
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tornandose evidente que a taxa marginal de substituição técnica também se pode expressar como um quociente entre as produtividades marginais do trabalho e do capital, um resultado que virá a ser útil um pouco mais adiante.
Outro aspecto importante é que muitas vezes estamos interessados em analisar o efeito de reduzir a quantidade de um factor em montantes muito pequenos. Quando isto acontece, ou seja quando tende para zero o quociente entre e é dado pela inclinação (o declive) da recta que é tangente à isoquanta em cada ponto. Quanto menos inclinada (mais horizontal) for esta recta, menor é o valor da taxa marginal de substituição técnica. O painel da direita da Figura 2 representa as tangentes à isoquanta nos pontos e , sendo a primeira destas tangentes claramente mais inclinada do que a segunda.
Optimalidade na produção
Até que ponto é que a empresa quererá aumentar a quantidade de trabalho e reduzir a de capital? A condição óptima passa por encontrar o ponto em que a recta de isocusto é tangente à isoquanta. Recordese que o declive da tangente às isoquantas em cada ponto representa a taxa marginal de substituição técnica que, como vimos atrás, reflecte o quociente entre as produtividades marginais dos factores. Por outro lado, o declive da recta de isocusto é dado pelo quociente entre os preços dos factores. A condição de optimalidade pode ser pois escrita como
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Rearranjando, chegamos a
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que revela que o óptimo se atinge quando aquilo que se obtém por usar mais uma unidade adicional de um factor a dividir pelo custo que tem essa unidade adicional do factor for idêntico para todos os factores.